Artigo: Bastidores da guerra Globo x Record

Já não é de hoje que os Marinho vivem em pé de guerra com o clã da Igreja Universal. Mas parece que agora essa guerra ganha contornos ainda maiores com as novas investidas do Grupo do Bispo, e que certamente tem modificado o comportamento pelos lados da emissora do Jardim Botânico.
Esse mais novo capítulo protagonizado pela toda poderosa sobre a norma de conduta jornalística do SGC é apenas uma das muitas estratégias que os Marinho estão propondo para tentar minar o crescimento do Grupo Record.
O medo da Globo se justifica em números: A audiencia da Rede Record de Televisão tem crescido em média diária e de forma consistente a cada ano. Segundo especialistas em comportamento de audiência televisiva, esse tipo de crescimento é muito mais perigoso para a concorrência do que índices expressivos de audiência em uma novela ou filme (coisa que acontecia com SBT e Manchete anos atrás). O que tem ocorrido com a Record é a consolidação de seu crescimento, enquanto a Globo vê sua audiência média nacional diminuir a cada ano.
Outra estratégia que a Rede Globo tem tomado é buscar a confiança do público evangélico, que também cresce no país inteiro e carrega historicamente uma certa ojeriza às Organizações Globo, muito por conta dos conselhos de bispos e pastores evangélicos.
O primeiro passo dado, ainda que tímido, foi criar um núcleo na distribuidora de discos Som Livre, voltado especificamente ao público Gospel. Na carona dessa medida, vieram algumas canções que serviram de temas em trilhas sonoras de novelas e séries da TV Globo.
Agora a Rede Globo planeja criar um mega-festival gospel no fim do ano na cidade do Rio de Janeiro, como jamais visto na TV Brasileira e que terá grandes nomes da música evangélica nacional.
Por outro lado, o grupo do Bispo já se movimenta e promete chumbo grosso para cima dos Marinho: Reportagens comprometedoras sobre o esquema Globo x CBF estão na pauta e podem vir a tona a qualquer momento na programação da Record.
Além disso os assessores diretos de Macedo estariam replanejando toda a estrutura de emissoras de rádio do grupo, que hoje já possui mais canais que o Grupo Globo. A maioria dessas emissoras estão atreladas ao projeto Rede Aleluia, que conta com uma mega rede de rádios espalhadas por todo o país, mas que contam com índices de audiência muito baixo. Embora a Aleluia tenha sido um dos embriões na área de comunicações do Grupo Universal, sua estratégia estaria sendo repensada e, com possibilidade até de ser transformada em uma rede de rádios all news.
Estão na pauta também, a criação de um jornal impresso diário com circulação nacional e a consolidação do Portal R7.
Essa briga, que está só começando, promete ainda muitas emoções.

PS: Estamos participando pela primeira vez do Prêmio TopBlog que premia os principais blogs existentes no Brasil. Contamos com o seu voto. Para votar, basta clicar aqui. Obrigado pela força.