quarta-feira, 2 de junho de 2010

Solução para A "Voz do Brasil"

Há mais de 70 anos no ar, sendo o programa de rádio mais antigo em atividade no Brasil, A Voz do Brasil invade a casa dos brasileiros por meio de uma cadeia obrigatória de rádios, sempre de segunda a sexta-feira pontualmente às 19 horas.
Criada no Governo Getúlio Vargas para servir de instrumento político para seu mandato, A Voz do Brasil tenta ao longo dos anos, modificar seu formato como forma de se aproximar de seu público.
Atualmente o programa reserva espaço não só para o poder Executivo, mas também para o Legislativo e o Judiciário, todos previstos na Constituição Federal. A tradição de abrir o programa com "O Guarani" do Maestro Vila-Lobos é mantida até os dias de hoje.
No entanto, apesar de contar com uma ótima produção e noticiário de grande relevância, A Voz do Brasil conta com um índice de audiência muito abaixo de suas expectativas.
Um fator fundamental para a baixa audiência é a maneira com que é formada a cadeia nacional. De forma arcaica, a transmissão é feita a partir da Radiobras de Brasília e as emissoras periféricas vão puxando o sinal, que recebe inúmeras interferências a cada retransmissão.
Hoje já existe a opção de transmissão Via Satélite, mas somente as principais rádios fazem uso dela, por requerer equipamentos que várias emissoras de menor porte no interior do Brasil não se dispoem a adquirir, por falta de orçamento ou de vontade mesmo.
Na verdade esse interesse deveria partir do próprio poder público que tem um ótimo espaço reservado para divulgação de seus atos todos os dias, mas que não sabe utiliza-lo.
Na minha opinião, o Governo deveria destinar uma verba para custear um programa de modernização da transmissão da Voz do Brasil em todo o país, adiquirindo equipamentos de recepção via-satélite para essas emissoras de menor porte, para que elas executem a transmissão do programa com mais qualidade.
O primeiro passo deveria ser mapear todo o circuito radiofônico brasileiro, com as regiões e o alcance das emissoras, para começar o programa de distribuição dos equipamentos. Na primeira etapa do programa, contemplaria as emissoras de maior alcance de sinal, para que delas as emissoras periféricas extraiam o sinal, já com uma qualidade de som aceitável, até que todas possam ter seu próprio equipamento.
O segundo passo seria realizar um trabalho de marketing para que as pessoas possam estar ouvindo o programa. Com divulgação ampla nas emissoras de rádio e TV de todo o Brasil, além de cartazes espalhados em repartições públicas e lugares de grande acesso.
Sou radialista e, como minha programação passa por transmitir a Voz do Brasil, sinto na pele todos os dias o calvário que é ficar procurando a cada dia qual emissora está com um sinal de qualidade menos sofrível para a Voz do Brasil.

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