Curiosidade: Mudança de Classe das novas FMs seria manobra de empresários

Atualmente está em andamento no Ministério das Comunicações (MiniCom) uma espécie de Consulta Pública afim de modificar as atuais regras de concessão de rádios, principalmente no que diz respeito a mudança de classes.


No momento existem cerca de mil processos em tramitação, pedindo mudança de classe, mas existe uma suspeita de manobra por parte de muitos empresários do setor nesses pedidos.
Acontece que, quando o MiniCom abre o processo licitatório, especifica a classe e, consequentemente a potência que poderá ser utilizada. As empresas que se interessam em participar dessas licitações têm total clareza do que estão disputando e, por isso mesmo, apresentam valores condizentes com potência e cidade de localização da emissora.
Segundo especialistas na área, as mudanças de classe dessas emissoras só se justificam quando se tem uma emissora que já funciona há anos dentro daquela localidade que cresceu em população de forma muito rápida e a rádio não acompanhou esse crescimento por ter sua potência limitada.
Acontece que muitos empresários de comunicação têm participado desenfreadamente de processos licitatórios e quando vencem, não utilizam os canais, aguardando um segundo processo que passa a tramitar, pedindo aumento de potência. É preciso salientar no entanto que, se o processo licitatório ocorresse inicialmente, já com um limite de potência mais alto, certamente valores maiores seriam propostos por outras entidades interessadas.
Traduzindo: Esse tipo de manobra seria como, por exemplo se, no futebol, a CBF resolvesse criar um campeonato onde o time campeão fosse disputar a Sul-americana. No entanto, ao final da competição, a CBF agraciasse o time campeão com uma vaga na Libertadores. Isso iria gerar um grande protesto em outros times que abriram mão de participar da competição por não se interessarem pela Sul-Americana, mas se soubessem que era para a Libertadores, teriam participado e até mesmo investido em jogadores para participar dela.
No estado do Rio existem dois casos de emissoras que aguardam mudanças de classe, antes mesmo de terem ido ao ar: São elas a Rádio Kiss (São Gonçalo) e Rádio Mania (Volta Redonda).